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15 coisas que você precisa saber sobre febre

Quando a temperatura do seu filho sobe, você já fica com aquele frio na barriga? Acalme-se. Leia cada uma das dicas. Da próxima vez, vai ter mais tranquilidade para saber o que fazer

De repente, você coloca a mão na testa do seu filho e percebe que ele está mais quentinho que o normal. Com o termômetro, confirma a febre. Pronto! Quem nunca se perguntou: O que fazer? Medico já? Ligo para o pediatra? Em primeiro lugar, fique calma. Segundo os pediatras, na maioria dos casos a febre é menos grave do que parece. É fundamental, no entanto, ficar atenta ao seu filho. “Se a criança estivar ativa, brincando e disposta depois que a temperatura baixar, em geral, não é nada grave. Já aquela que não se sente bem o tempo todo, fica irritada, chorosa, gemente, mesmo quando a febre cede, precisa ser cuidadosamente avaliada pelo médico”, diz o pediatra Cid Pinheiro. Outros sinais que merecem atenção é quando a febre vem acompanhada de vômito, diarreia, manchas na pele, sonolência.

Para ajudar você a entender melhor sobre esse assunto e o que fazer, respondemos às principais dúvidas dos pais:

O que é a febre?
Em primeiro lugar, saiba que ela é um sintoma, e não uma doença. Essa alteração da temperatura faz com que o sistema imunológico libere substâncias para defender o organismo contra vírus e bactérias. As causas mais comuns da febre são infecção (como pneumonia, otite, gripe) ou inflamação (artrite). Ela também pode surgir se houver infecções urinária e intestinal ou viroses. É considerada febre quando a temperatura estiver acima de 37,5 ºC ao ser medida na axila. Já, ao ser medida na boca ou no reto, acima de 37,3 ºC.

Quais são os sinais clássicos da febre?
A criança febril fica com o rosto vermelho, o coração acelerado, respira mais rápido que o normal, sente frio e fica abatida. As mãos e os pés ficam frios e algumas podem ter dores de cabeça e musculares.


Qual é o melhor termômetro para medir a temperatura?
Tanto os de mercúrio quanto os digitais são precisos igualmente. Vale lembrar que os de mercúrio são menos ecológicos, além de terem o risco de quebrar e vazar material tóxico. Ao optar pelos digitais, fique atento ao selo do Inmetro.


- É normal o termômetro registrar uma temperatura mais alta de um lado do corpo que do outro? Não, normalmente a temperatura é igual em todas as partes do corpo. A temperatura axilar é um pouco mais baixa que a temperatura retal, que é pouco utilizada em nosso meio.

- Quando é necessário medicar? Posso fazer isso por conta própria? Se a temperatura estiver acima de 37,8 ºC e sempre com a orientação do médico, que vai indicar o medicamento a ser usado e a dosagem. Abaixo de 37,7oC não é necessário nem medicar (nem ligar para o médico) nem correr para o OS. Tire a temperatura a cada hora para ver se ela evolui. Mas é importante analisar o estado físico do seu filho. Há crianças que com 37,6oC já ficam abatidas e com mal-estar. Nesses casos, não há por que esperar subir mais para medicá-la.

- Devo ligar para o médico se meu filho estiver com febre?
Se a temperatura for 37,8oC ou mais, sim. Ele vai indicar um remédio ou pedir para ver a criança.

- Febre em bebês é mais grave? 
Se a temperatura estiver acima de 37,8oC, bebês com menos de 3 meses merecem atenção, porque a chance de ser uma doença grave é maior. Retire o excesso de roupa. Cheque a temperatura após 30 minutos. Caso não tenha baixado, ligue para o médico imediatamente. 


- Em até quanto tempo a temperatura deve baixar após a medicação? 
Normalmente, é preciso esperar de 30 a 40 minutos para a temperatura diminuir. E o principal objetivo não é fazer a temperatura voltar a 36,5 ºC (normal), e sim aliviar o mal-estar da criança. No entanto, se após três horas não baixar, ligue para o médico, ele pode trocar o remédio. 


- E se a temperatura subir antes do horário de oferecer o antitérmico novamente? 
Em primeiro lugar, fale com o pediatra para que seu filho seja avaliado. Em algumas situações é possível alternar antitérmicos com diferentes composições a cada três horas. As compressas e banhos mornos (nunca frios!) também são coadjuvantes para baixar a temperatura. Nunca dê banho com água e álcool, nem faça compressas com álcool, pois há risco de a criança inalar essa substância e ter uma reação alérgica. Opte também por roupas de algodão e ofereça água (ou o peito). 


- Quando há risco de uma convulsão? 
A crise convulsiva da febre surge quando a temperatura sobe rapidamente e acontece quando a criança tem em torno de 6 meses a 6 anos. Entre as características estão o tremor e rigidez de braços e pernas. Em geral, a crise dura de 1 a 2 minutos (uma eternidade para os pais) e normalmente não traz sequelas. Nessa hora, além da calma, é preciso deixa a criança confortável, deitada e com a cabeça um pouco elevada, para facilitar a respiração. Se durar mais que esse período, ela deve ser levada ao pronto-socorro. Acalme-se. Esse tipo de problema acontece em um número pequeno de pessoas e apenas uma única vez na vida. Além disso, é preciso haver uma predisposição genética. Se você souber dessa predisposição, medique a criança ao perceber que ela está num processo febril. 


- O que fazer se a criança não quiser comer enquanto está com febre? 
Não insista. A atenção deve ser grande na hidratação. A criança pode desidratar não somente por causa da febre, mas porque continua perdendo líquidos, por meio da urina, por exemplo. Nesse caso, ofereça sucos, água ou leite, em pequenas quantidades e várias vezes no dia. 


- Devo medicar meu filho antes de levá-lo ao pediatra? 
Sim. O antitérmico não vai mascarar a doença da criança e vai facilitar a avaliação do especialista. 


- Há como prevenir a febre? Não. Mas há como evitar algumas doenças que podem elevar a temperatura corporal. Por isso, é fundamental manter o calendário de vacinação em dia. 


- Qual o melhor jeito de medicar a criança? A melhor solução é pedir ao pediatra para fazer a prescrição em mililitros e usar uma seringa ou um copo dosador para medir com exatidão a dose do remédio. Você também pode comprar os medidores em uma farmácia. Evite usar colheres para aplicação, pois não é uma maneira confiável. No caso de medicamentos em gotas, nunca pingue diretamente na boca da criança porque sempre vai cair uma gota a mais e, de gota em gota, o organismo pode se intoxicar. 


- O que é hipotermia? Por que isso acontece? 
Hipotermia é baixa temperatura, que pode ser ocasionada por vários fatores, como exposição ao frio. Em doenças infecciosas graves e em choques podem ocorrer também. O médico deve sempre ser consultado. Vale lembrar que, em crianças pequenas, a temperatura pode baixar durante a noite, mas não deve ser menor que 35,5 ° C. Abaixo de 33° C é preocupante. 

Fontes: Cid Pinheiro, pediatra (SP); José Luiz Setúbal, pediatra do Hospital Infantil Sabará (SP); A Saúde de Nossos Filhos, Hospital Israelita Albert Einstein

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